sábado, 25 de junho de 2011

Imaginário

Minha vida nunca foi interessante, sempre fui salvo pela minha imaginação.
Meus pais não foram revolucionários, meu avô não lutou na guerra. Isso sempre me incomodou. Sempre quis contar histórias, um contador de histórias. Mas eu nunca tive histórias para contar, histórias reais. Por isso inventava um mundo completamente novo na minha cabeça, o mundo imaginário de Danilo. Pausa, fuma um cigarro. Mentira, nunca tive coragem de fumar. Tenho vontade de ser como artistas dos anos 50, com seus carros clássicos e uma cigarrilha na boca. Glamour. Mas nunca consegui fumar, além de detestar o cheiro e a sensação do fumo, tenho medo de morrer cedo. Merda. Minha vida consiste em assistir sete filmes por semana, estudar e trabalhar. Trabalho é a coisa mais estúpida já inventada, seguido de perto pelo dinheiro. Se você trabalha e tem dinheiro não pode gastar para se divertir, pois no dia seguinte tem que trabalhar, e se você não trabalha, não tem dinheiro para gastar e se divertir. Triste.
Meu segredo de vida: Na vida real não sou tão feliz, faço o que não gosto e me sinto preso, além de morar em um lugar que não gosto e conviver com pessoas não-condizentes com a minha personalidade. Já na minha imaginação, sou um franco-italiano, boêmio, que vive em Paris, A cidade-luz! Tenho dinheiro o bastante para sobreviver, trabalho com teatro e arte. Moro em um apartamento aconchegante em Montmartre, fumo e bebo.
Que ridículos são nossos sonhos inalcançáveis.


Câmbio Desligo.

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